sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Sobre a Usp

A Maconha (Cannabis Sativa), Planta que traz efeitos diversos aos usuários, e é demonizada pela mídia e alguns conservadores contemporâneos, ainda é um tabu pra a grande massa. O que dizer de alunos de uma das maiores instituições de ensino do país que fazem uso de tal substância? que diga-se de passagem, é ilícita, assim como a corrupção e o abuso de autoridade.

Seguem algumas fotos de todo o movimento, deste filme que ainda ontem exibiu mais um capitulo, num protesto onde pediam pela retirada da PM da USP, alem de outras reivindicações.
Somente após as fotos, expresso minha Opinião de forma clara, ao contrario do que faz a programação televisiva, manipulando informações e formando opiniões superficiais.


































“Fora! Imprensa comprada...”

“Aqueles que não se movimentam não sentem as correntes que os prendem...”

“Ocupem a reitoria que existe em você, aqui é um lugar de pensamento livre, entende?”

Estas são algumas das frases que pude observar em fotos da ocupação.


“Os Jovens estão fazendo todo esse alarde, toda essa movimentação para poder fumar seu baseado tranquilamente no interior da USP, como sempre fizeram”.

Esta afirmação resume o que algumas mídias querem mostrar, só que eles não deixam isso claro, e a maioria das pessoas acredita estar formando uma opinião própria, já que a TV é aparentemente imparcial. Mas não é.

Tudo bem que os jovens que estiveram na ocupação não querem participar ou ter contato com essa mídia, que até onde sei, nunca esteve do lado das minorias, e disto tenho diversas referências, basta lembrar, quantas vezes a rede Globo tentou maquiar protestos que futuramente estariam em nossos livros de historia, provas de vestibular entre outros.

Isso abre espaço para uma porção de visões precipitadas, quando apenas o lado dos poderosos tem voz diante da grande massa, sem falar dos programas sensacionalistas, que disseminam nada mais que a banalização da violência, a conformidade, a alienação generalizada, elem de criarem a imagem dos “heróis” (A polícia) e os “Vilões” (Os criminosos ou simplesmente quem se opõe à determinações autoritárias).

Todos esses poderosos que fazem alianças para continuar sendo poderosos, mantendo convicções que privilegiam esse pequeno grupo, se sentem ofendidos quando chamados de fascista. O problema não é O Reitor da USP retirar a Polícia, o problema é que isso vai desfazer a imagem de autoridade que o cerca, e irá ferir também o orgulho de outros envolvidos, sem falar no fato dessa retirada ser uma reivindicação de um “bando de maconheiros, que financiam o tráfico de drogas e a criminalidade em geral”, é inadmissível, para pessoas tão justas que querem manter a ordem e a decência na cidade universitária.

O primeiro ponto que quero expor é o de que nenhuma lei, idéia, convicção, “verdade absoluta”, ou o que quer que seja, é inquestionável, caminho por uma linha evolutiva em nome da liberdade comum a todos, a mesma linha que libertou os escravos, que permitiu o voto feminino e posteriormente a união entre pessoas do mesmo sexo, portanto afirmo que uma lei pode ser questionada se um determinado grupo não esteja de acordo, principalmente quando alguém está se beneficiando da mesma, seja monetariamente ou simplesmente espalhando suas ideologias galgadas de puro preconceito. Uma idéia só é inquestionável, até alguém ter a coragem de fazer uma pergunta, esta pode ser questionado, analisada e se assim for o mais coerente em nome da liberdade, mudada.

Segundo ponto, os jovens que participaram de todo esse movimento, não estão interessados em simplesmente fumar maconha, pois pra isso já existe a Marcha da Maconha, que pede pela descriminalização da erva, julgada por muitos como a erva do demônio por motivos culturais, proibida por uma lei que visava apenas interesses econômicos, está erva é atacada por muitos como causa para a entrada no mundo das drogas... Não é... Isso que estão falando é o Álcool, pelo fácil acesso e incentivo por parte da sociedade em geral, essa é a droga que apresenta as demais para os jovens brasileiros, um Grupo de Cientistas que estudam os efeitos de substancias psicoativas no organismo das pessoas, dividem as drogas em duas categorias, levando em consideração o risco do vício e os danos ao organismo do usuário, O álcool entra na categoria de drogas Pesadas, ou seja, que vicia mais e traz mais prejuízos ao organismo, enquanto a maconha entra como droga leve, o que entra em forte contradição com a opinião publica que claro, é a somatória de muitas opiniões, familiares, religiosas, culturais que tende a formar opiniões sem conhecimento de causa. Preguiça de saber os dois ou mais lados de uma historia, é mais fácil ligar a TV e acreditar piamente no que está sendo veiculado.

De onde saíram às principais mudanças de melhorias em nossa sociedade? De onde surgem as primeiras duvidas de que alguma coisa pode estar errada? De onde vem os primeiros surtos de mudanças baseadas em pensamentos?

Na maioria das vezes vieram dos estudantes, que usam a universidade não só para absorver conhecimento e sim para pensar em formas de trazer mudanças em prol do bem comum e da liberdade, só que esses ideais libertários nem sempre está de acordo com o que querem as autoridades, por todos os aspectos e interesses acima citados, pessoas que estão pensando em mudar leis, reivindicar mudanças baseadas em argumentos bem sustentados (que ninguém se dispõe a ouvir, por puro preconceito) não querem a presença de uma instituição repressora e muitas vezes nada educada como e o caso de uma boa parte da polícia militar, é natural que eu não queira discutir sobre legalização da maconha na frente de PMS, que podem e quase sempre vão começar a me marcar de alguma forma, me deixando em situações constrangedoras todas as vezes que tiverem oportunidade. É triste mais é a pura realidade, nossa polícia não está preparada pra lidar com argumentos, eles aceitam ordens inflexíveis que tem que ser cumpridas, por mais que isso não ponha em risco a segurança publica.

Observe o que acontece quando se da o direito a uma pessoa de fazer a lei, dando uma arma de fogo que eu não tenho (nem quero), estando do lado da própria lei, esse cara só não vai soltar raios, mas o todo poderoso ele vai se sentir (Lembrando que não são todos), infelizmente. “Essa é uma luta de Armas de Fogo contra livros...” assim dizia um cartaz da ocupação.

Não quero com tudo isso, defender o uso da maconha na usp pois essa não é minha real intenção, ou menosprezar a PM. só quero dizer que não existe um só lado, existem aspectos a serem analisados que não vão passar na TV por que não dão Ibope, porque simplesmente muitas pessoas desligariam o aparelho, porque é chato saber a verdade.

Mas viva a livre opinião e a pseudo - liberdade do pensar.

Muita Luz...

Bob

3 comentários:

  1. - Congresso Internacional Da Repressão.
    A ordem vem de cima... As pessoas perderam o direito de escolha Bob, a mídia é quem faz a cabeça. Ah... Triste época! Não cantaremos a liberdade, pois essa não existe! Cantaremos a repressão dos ditadores, da mídia, dos poderes de cima!

    "É MAIS FÁCIL DESINTEGRAR UM ATOMO QUE UM PRCONCEITO"

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  2. Valeu Miriam, tú entendeu muito bem a historia...

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  3. O que é interessante, Bob, é que este monte de soldados aí com armas de grosso calibre apontando para estudantes são os mesmos que fazem reverências a políticos corruptos. Que alguns destes soldados (ainda bem que não são todos) participam de milícias e coadunam com traficantes.

    Grande abraço.

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