quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Mar...





Diversas músicas, poesias, amores, momentos incríveis entre outras coisas boas, foram inspiradas e embaladas pelo ritmo do mar. Confesso que poucas coisas me inspiram tanto quanto ele, muita gente gosta de relaxar observando toda essa imensidão azul, outras gostam de se divertir, com música alta e galera, enfim, cada um ao seu modo, uma coisa que a maioria concorda é que ele realmente é relaxante, o mar me faz pensar em muitas coisas, mas o que me vem muito a cabeça quando paro pra curtir uma praia de qualquer forma, é que o mar é a maior expressão de liberdade existente, ele é tão grande e está tão desligado desse mundo obscuro que estamos inseridos, que não tem como não pensar em ser livre. Ele não está ligado a nenhuma instituição, nenhuma forma de prendê-lo, nem empresas, nem religiões, nem padrões, nem normas humanas, nada que possa de alguma forma tirar essa utopia de ser livre, logo hoje que sempre temos que estar de alguma forma preso a alguma coisa, falo de prisões diferentes das usadas na ditadura, pois na ditadura a prisão era física, podíamos observar essas prisões e essa repressão de forma explicita, as prisões de hoje são um tanto complexas por que são invisíveis. Dizem-lhe como se comportar, se vestir, se alimentar, trabalhar, como estar, pra se sentir inserido em um grupo de pessoas, dizem o que devemos assistir na TV, que estilo de música temos que ouvir pra se tornar uma pessoa normal, e esse medo de ser diferente acaba frustrando as pessoas, por que as cascas são todas iguais, mas elas são extremamente estranhas e distintas, só que tem uma hora que bate o desespero de ser diferente, o medo do olhar alheio, que pode ser extremamente doloroso, as pessoas tem medo de discordar de pessoas que julgam mais importantes que um terceiro, só que essa pessoa que você acha foda, só conseguiu ser mais normal e padronizada que você, logo em um país que se constitui e explode em tanta diversidade, podemos ver claramente a insatisfação das pessoas ao se descobrirem diferentes, e a principal dor de tudo isso, é a luta pra tentar acompanhar ou voltar a acompanhar esses padrões, outras formas de prisões que são fundamentais porem bastante repressoras são as prisões que o mundo capitalista nos impõe, como por exemplo se matar de estudar, pra se matar de trabalhar, pra se matar de gastar o que conseguiu com seu esforço(que difícil em? essa parte, auuhuhauhs), é óbvio que depois de trabalhar dois anos, fazendo hora extra nos fins de semana pra aumentar o salário, sem tempo pra curtir a família, os amigos, e as coisas belas da vida, dando seu sangue oito ou mais horas por dia, o mínimio que pode lhe acontecer é uma enorme frustração, não sei se é meu sangue índio falando mais alto, mas acredito sem sombra de duvida que estamos nos matando e deixando nossa vida passar em nossa frente, como robôs, que não tem gosto nem opinião e o que mais importa é produzir pra que a engrenagem funcione, nosso chefe fique feliz, o chefe do nosso chefe ganhe promoções e mais dinheiro, e o dono da empresa ganhe dinheiro e fique feliz, através do seu suor, enquanto isso nós trabalhamos até os 65, mas não se preocupe, quando você for velho tipo uns 68, por que eles Vão ficar enrolando pra te aposentar, ai você vai curtir sua vida, família não, por que você só terá a sua descendência, ai você vai pensar: " Puta que pariu, eu não devia ter trabalhado tanto... é, agora só me resta viajar com a miséria do meu aposento.." ACORDAAAA... Que história de viajem, você esqueceu que está doente depois de tanto tempo servindo como uma ovelhinha a esse sistema falido, seu salário vai dar pra se alimentar e comprar remédios.
Eu faço questão de dizer tudo isso, não porque vou virar hippie, ou rasta (se bem que adoraria), e sim, por que infelizmente também estou preso nessas correntes e vou ter um futuro parecido com o que falei acima, então, só me resta escolher uma coisa legal pra fazer, e admirar o mar vez ou outra, pra minha mente estar aberta e eu fugir de tudo isso sempre que puder, Enquanto ainda temos a praia pra admirar a liberdade que não vamos ver nas cidades, por que estamos esgotando os recursos naturais também, estamos transformando tudo que é belo em dinheiro, em lucro, pra comprarmos natureza morta (bens materiais), a mídia nos diz que temos que comprar coisas novas, que em pouco tempo serão substituídas por novas coisas novas, vamos ver até quanto tempo a natureza aguenta tanta idiotice. Infelizmente quem não segue esses padrões sociais é engolido e
 já que nem eu, nem vocês vão se libertar disso tudo, podemos ao menos libertar a mente, tentar viver bem ( sem se alienar), buscando soluções pra tudo isso, ou ao menos pensando nisso, e parando de fingir que o problema não é seu, você pode até dizer isso, mas sabe muito bem do que estou falando.

6 comentários:

  1. Adoreii... eu tb amoo o MAR ele me traz paz, sempre que estou na praia gosto de caminhar no final de tarde, bem a beira mar, descalça e pensando nas coisas da vida... É muito bom!!

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  2. tá vendo, já desperta uma coisa diferente em você, também me traz muita paz andar descalço na praia, Obrigado Mônicando

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  3. Adorei o texto, excelente!
    Sabe, eu amo o mar, é libertador, e tem uma frase que me identifico bastante "O mar é meu substituto para a pistola e a bala."(Herman Melville, Moby Dick)Podemos estar atolados de problemas, mas se vemos o mar, é como se todo o resto desaparecesse...

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  4. concerteza, obrigado por ler tudo isso, e por comentar, Xêro grande, você é um amor sempre, ausuhuahs

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  5. Ótimos momentos vivemos neste lugar incrível, né Bob ? Indescritível este lugar, ainda mais com pessoas fodas como você <3

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  6. pedrita, sem dúvida cara, inclusive, meus melhores momentos junto ao mar, você esteve comigo, sempre cara, as melhores tinham você no meio, então não tinha como não gostar, momentos incriveis pessoas incriveis...

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